A Grande Muralha Solar Chinesa

Veja como a China está transformando o Deserto em Energia e Sustentabilidade!

A Grande Muralha Solar Chinesa é um marco para a produção de energia renovável. Nesse sentido, a China avança na transição energética com a construção deste megaprojeto fotovoltaico no Deserto de Kubuqi, na Região Autônoma da Mongólia Interior.

Primordialmente, o projeto de 2 GW, que já concluiu a instalação de todos os painéis solares, promete transformar a paisagem árida em uma fonte renovável de riqueza e sustentabilidade. Veja mais a seguir!

Impactos Sustentáveis e Benefícios Locais

Antes de mais nada, o projeto não é apenas o maior empreendimento solar da China voltado para o controle da desertificação, mas também é pioneiro em integração entre energia limpa e restauração ambiental.

Dessa maneira, a geração anual esperada de 4,1 bilhões de kWh ajudará a reduzir o consumo de 1,25 milhão de toneladas de carvão padrão e evitará a emissão de 3,94 milhões de toneladas de CO2.

Além disso, 16.470 acres de deserto serão restaurados, reduzindo o transporte de areia para o Rio Amarelo em 2 milhões de toneladas.

Segundo Cosimo Ries, analista de energia da Trivium China, “não há precedentes históricos para comparar com essa escala de implantação de energia limpa”.

A Grande Muralha Solar: Um Visão Ambiciosa

O Deserto de Kubuqi, uma vez conhecido como “mar de morte”, está sendo reconfigurado em um oásis fotovoltaico. A princípio, a “Grande Muralha Solar”, que se estenderá por 400 quilômetros até 2030, é parte do plano chinês de criar uma infraestrutura de energia limpa com capacidade total de 100 GW.A construção inicial, que inclui 5,4 GW instalados, já está em andamento entre Baotou e Bayannur.

Ademais, além de fornecer energia para mais de 1 milhão de residências, o projeto utiliza painéis elevados para criar sombra, reduzindo a evaporação e permitindo o cultivo de gramíneas. Esse modelo também já demonstrou êxito na “solarização” de outras regiões desérticas da China.

Recordes e Desenvolvimento

Entre as instalações, destaca-se a Estação Solar Junma, que detém o recorde mundial da maior imagem formada por painéis solares.

Desde 2019, essa estação gera 2 bilhões de kWh anuais, suficiente para abastecer 400 mil pessoas. Junma significa “cavalo refinado” em mandarim, uma homenagem à história local.

Liderança Global em Energia Solar

Bem como, com capacidade operacional de 386.875 MW até junho de 2024, a China é líder mundial em energia solar, representando 51% do total global. Esse fato já havia sido exposto pela Global Energy Monitor, a qual apontou que a produção chinesa de energia solar e eólica será o dobro do restante do mundo.

Comparativamente, os EUA possuem 79.364 MW, e a Índia, 53.114 MW. A expansão solar chinesa é acelerada: entre 2017 e 2023, o país adicionou em média 40.000 MW por ano.

Uma Visão para o Futuro

Em suma, a “Grande Muralha Solar” faz parte de uma estratégia mais ampla para atingir 455 GW de energia renovável até 2030.

Dessa maneira, o objetivo é reduzir a dependência de combustíveis fósseis e atingir a neutralidade de carbono antes do prazo previsto.

Michal Meidan, do Oxford Institute for Energy Studies, afirma: “Essas bases de energia desempenham um papel fundamental no novo sistema energético da China.”

Desafios e Oportunidades

Apesar do sucesso, desafios permanecem. Questões de uso da terra e impacto ambiental foram levantadas em projetos específicos. Contudo, iniciativas como a do Deserto de Kubuqi demonstram que é possível aliar desenvolvimento econômico e sustentabilidade.

Conforme Sultan Al Jaber, presidente da COP28, aumentar a capacidade global de energia renovável é essencial para limitar o aquecimento global. O exemplo chinês é uma inspiração para que outros países sigam o mesmo caminho.

Fontes

  1. Bloomberg News
  2. Global Energy Monitor
  3. Relatórios da BloombergNEF
  4. CTG Global