A iniciativa do Reino Unido em parceria estratégica com o Brasil para o lançamento da Aliança Global de Energia Limpa no G20 visa acelerar a transição energética global.
Neste terça-feira, 19/11, durante o G20 no Rio de Janeiro, o Brasil e o Reino Unido lançaram a Missão de Financiamento da Aliança Global de Energia Limpa (GCPA).
Esta iniciativa busca triplicar a capacidade instalada de energias renováveis e dobrar a eficiência energética até 2030.
Sendo assim, a parceria estratégica, apresentada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo primeiro-ministro britânico Keir Starmer, também servirá como base para debates na COP30. A qual será realizada em Belém, em 2025.
Compromisso Global com a Descarbonização
Inicialmente, o protocolo de intenções foi assinado por oito países, França, Noruega, Chile, Colômbia, Tanzânia, Emirados Árabes Unidos e Alemanha. O documento reconhece que a transição para energias limpas representa uma das maiores transformações econômicas e industriais da história moderna.
Criando uma oportunidade geracional para gerar bons empregos, crescimento econômico e prosperidade. Esses benefícios devem ser globais e proporcionados por meio de uma transição sustentável, inclusiva e justa.
Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), os investimentos em energias limpas precisam crescer significativamente, especialmente em Mercados Emergentes e Economias em Desenvolvimento (EMEDs). Sabe-se que apesar de abrigarem dois terços da população mundial, essas regiões recebem apenas 15% dos investimentos globais em energia limpa. Portanto é um desequilíbrio que a aliança pretende corrigir.
Iniciativas Concretas da Aliança Global de Energia Limpa
De forma geral, os países signatários devem promover reformas para atrair investimentos privados, criar portfólios sólidos de projetos e oferecer soluções financeiras inovadoras. As quais proporcionem um cenário favorável internacionalmente para a conexão os riscos para os investidores.
Além disso, precisam facilitar a conexão entre investidores e oportunidades prioritárias. Direcionando os recursos com eficiência. Nesse sentido, a meta é alinhar recursos com a transformação ecológica em setores estratégicos, como transporte, energia e infraestrutura.
A parceria Brasil-Reino Unido reflete compromissos conjuntos em áreas como inovação tecnológica, industrialização verde e desenvolvimento sustentável. Sendo assim, a transição energética deve ser justa e impulsionar novos modelos de desenvolvimento econômico.
O Papel da Plataforma Brasil de Investimentos Climáticos (BIP)
Nesse contexto, os países signatários ao protocolo de intenções se mostraram dispostos a melhorar a coordenação e a simplificar o acesso ao apoio internacional. Através da implantação de plataformas para captar recursos e intensificar a transformação ecológica em setores da economia.
Em outubro, o Brasil lançou a Plataforma Brasil de Investimentos Climáticos e para a Transformação Ecológica (BIP), em parceria com o BNDES, e organizações globais como GFANZ e Bloomberg Philanthropies.
A BIP conecta projetos nacionais a capitais globais, com foco em bioeconomia, descarbonização industrial e transição energética. Bem como, a iniciativa do governo brasileiro tem a ambição de ampliar os investimentos na transformação ecológica rumo à descarbonização da economia, o uso sustentável dos recursos e a melhora da qualidade de vida da população.
“Não haverá uma transição global sem o Brasil”, destacou Mark Carney, enviado da ONU para Ação Climática. A plataforma prioriza projetos de energia eólica offshore, redes inteligentes, combustíveis sustentáveis e bioinsumos agrícolas, com US$ 10,8 bilhões em capital mobilizado.
Impactos e Expectativas até 2025
Primordialmente até abril de 2025, os países apresentarão um plano estratégico com medidas concretas para impulsionar a transição energética global, alinhando-se aos objetivos do Acordo de Paris.
Além disso, com a realização da COP30 no Brasil, espera-se que a GCPA e a BIP sirvam como modelos globais para iniciativas climáticas.
Essas ações consolidam o país como líder na transição energética e mostram como descarbonização e crescimento econômico podem caminhar juntos. Como afirmou Michael Bloomberg: “As metas ambiciosas do Brasil são a liderança que o mundo precisa”.
O que esperar para 2025?
Por fim, até 2025, a GCPA deve apresentar avanços em investimentos privados e inovação tecnológica. Com a COP30 em Belém e a expansão da BIP, o Brasil está posicionado para influenciar decisivamente o futuro da transição energética global.
Fontes: