A Lei do Combustível do Futuro proporciona um grande avanço para os biocombustíveis no país, com liderança em Etanol, Biodiesel e SAF
O Brasil está prestes a consolidar sua posição como líder global na transição energética sustentável. Com a implementação da Lei do Combustível do Futuro (14.993/24), o país prevê investimentos em biocombustíveis que ultrapassam R$ 1 trilhão entre 2025 e 2034.
Nesse sentido, o objetivo é aumentar a produção de biocombustíveis como etanol, biodiesel, biogás e combustíveis sustentáveis de aviação (SAF). Demonstrando um papel crucial desses ativos para a descarbonização.
Segundo a nota técnica da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o valor total inclui R$ 100 bilhões em investimentos de capital (CAPEX) e R$ 924 bilhões em custos operacionais (OPEX). O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou: “Estamos marcando o início de uma nova era para o setor energético brasileiro com o Combustível do Futuro”.
Investimentos em biocombustíveis no Brasil: A Expansão do Etanol e Biodiesel
Primordialmente, o etanol será responsável por 59% dos investimentos projetados, somando mais de R$ 59 bilhões.
A meta é atingir uma produção de 46 bilhões de litros até 2033, sendo 12,7 bilhões provenientes de milho e 1 bilhão de lignocelulose.
Já no biodiesel, o aumento da mistura obrigatória para 15% em 2026 impulsionará investimentos de R$14,5 bilhões, enquanto os custos operacionais devem alcançar R$ 77,5 bilhões.
A soja permanecerá como o principal insumo, representando 66% da produção. Assim, o país planeja construir 20 novas unidades de biodiesel, com uma capacidade instalada de 15 bilhões de litros anuais.
SAF e Diesel Verde contribuem para o futuro sustentável da aviação
Antecipadamente, os combustíveis sustentáveis de aviação (SAF) e o Diesel Verde surgem como alternativas promissoras. Nesse sentido, empresas como Vibra Energia e Brasil BioFuels planejam investir R$ 16 bilhões em novas plantas com capacidade de produção de 2,2 bilhões de litros anuais.
Esses projetos devem entrar em operação até 2027, consolidando o Brasil como um player global no transporte aéreo descarbonizado.
“Os números comprovam o potencial transformador dos biocombustíveis, não apenas para impulsionar a economia, mas também para colocar o Brasil na vanguarda da transição energética global”, afirmou Silveira.
O impacto econômico dos investimentos em biocombustíveis
Do mesmo modo, a Lei do Combustível do Futuro alinha o país às metas globais de descarbonização e impulsiona os investimentos em biocombustíveis no Brasil.
Além de fortalecer a bioeconomia, os investimentos visam promover inovações como o bio-CCS (captura e armazenamento de carbono biogênico). Esses avanços posicionam o Brasil como referência mundial em combustíveis verdes.
Bem como, os benefícios incluem a redução da dependência de combustíveis fósseis, a geração de empregos e o aumento da competitividade no mercado internacional de energia limpa.
Fontes
- EPE (2023). Nota Técnica sobre Investimentos e Custos Operacionais no Setor de Biocombustíveis.
- Ministério de Minas e Energia (MME), 2024.