Políticas públicas impulsionam mobilidade sustentável e descarbonização do setor de transportes
A V Biodiesel Week, realizada na Câmara dos Deputados, reuniu importantes lideranças do setor para debater os desafios da mobilidade sustentável e o crescimento da produção de biocombustíveis no Brasil. O evento, promovido pela Ubrabio em parceria com a FPBio, celebrou o Dia Internacional do Biodiesel e destacou o papel do biodiesel na descarbonização do setor de transportes. Marlon Arraes, diretor do Departamento de Biocombustíveis do MME, ressaltou as políticas públicas que impulsionam o setor. Incluindo o Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB).
Durante a V Biodiesel Week, Arraes mencionou que o PNPB já contribuiu com a produção de mais de 70 bilhões de litros de biodiesel e evitou a emissão de cerca de 150 milhões de toneladas de carbono. Além disso, ele destacou a importância dessas ações para reduzir as emissões do transporte pesado, um dos maiores desafios da descarbonização. O ministro Alexandre Silveira também defendeu o avanço do PL Combustível do Futuro. Considerado um dos maiores programas de descarbonização da matriz de transportes do mundo.
Incentivos para o crescimento dos biocombustíveis no Brasil
O PL Combustível do Futuro, já aprovado na Câmara e em tramitação no Senado, propõe diversas iniciativas para promover combustíveis sustentáveis. Entre as principais, estão o Programa Nacional do Diesel Verde (PNDV) e o Programa Nacional do Bioquerosene de Aviação (ProBioQAV). Essas ações visam incentivar a produção de biodiesel, etanol e combustíveis sintéticos, consolidando o Brasil como líder na transição energética e descarbonização.
Primordialmente, o Brasil alcançou um recorde histórico na produção de biodiesel em 2023. Com mais de 7,5 bilhões de litros produzidos, de acordo com o Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis 2024, da ANP. Assim, este aumento da mistura obrigatória de biodiesel ao diesel para 12% impulsionou o crescimento. Outrossim, para os próximos anos, o CNPE já aprovou a antecipação da mistura de 14% para março de 2024 e 15% para 2025. Prevendo uma redução significativa de CO2 e dos custos com a importação de diesel fóssil.