Parceria Brasil-Alemanha incentiva hidrogênio sustentável na UNIFEI
A Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), em parceria com a Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável (GIZ), inaugurou em outubro de 2024, a Unidade de Produção de Hidrogênio Verde. Consolidando o Projeto H2Brasil como referência nacional e internacional em transição energética sustentável.
Dessa maneira, a unidade localizada no campus de Itajubá, no sul de Minas Gerais, tem a missão de fomentar o desenvolvimento de tecnologias de hidrogênio verde no Brasil. Essencial para a descarbonização de setores industriais e de transporte.
Segundo o diretor do projeto H2Brasil, Markus Francke, a iniciativa é um marco para o Brasil e para o mundo. Ainda destaca que o projeto pode consolidar o país como um dos principais produtores de hidrogênio verde, contribuindo para uma economia de baixo carbono.
A cerimônia de inauguração contou com a presença de autoridades. Incluindo o Cônsul Geral da Alemanha, Sr. Jan Freigang, e a coordenadora do Ministério de Minas e Energia (MME), Patrícia Naccache.
Parceria Brasil-Alemanha impulsiona transição energética
Primordialmente, o projeto viabilizou-se por um financiamento de 5 milhões de euros. Isto é equivalente a cerca de R$ 30,6 milhões, providos pelo Ministério Federal de Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha (BMZ).
Portanto, a parceria entre a UNIFEI, a Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão de Itajubá (FAPEPE), e a GIZ fortalece a agenda de desenvolvimento sustentável. Além de capacitar profissionais para o mercado emergente de hidrogênio verde. O reitor da UNIFEI, Prof. Dr. Edson Da Costa Bortoni, ressaltou que “a iniciativa permitirá o avanço de pesquisas e a criação de novas oportunidades econômicas”.
Além de promover a pesquisa, a unidade atua na capacitação de profissionais e na criação de start-ups que visam explorar aplicações inovadoras do hidrogênio verde. “O hidrogênio verde pode substituir combustíveis fósseis na indústria, no transporte e na produção de energia, sendo fundamental para a transição energética,” enfatizou o coordenador executivo do Centro de Hidrogênio Verde, Prof. Eduardo Guardia.
Como funciona o CH2V?
Em síntese, o Centro de Hidrogênio Verde – CH2V conta com um eletrolisador de tecnologia PEM (Membrana de Troca de Prótons) de 300 kW. O qual utiliza eletricidade gerada por três usinas solares e uma hidrelétrica no campus, garantindo uma produção completamente renovável e sustentável.
Além disso, com capacidade de produção de até 60 Nm³/hora de hidrogênio verde, o centro pode atender à demanda de reabastecimento de até 20 veículos de pequeno porte diariamente.
Essa infraestrutura torna o campus um centro avançado para pesquisa, desenvolvimento e demonstração de tecnologias de hidrogênio.
De acordo com Daniel Lopes, diretor da Hytron, empresa fornecedora da tecnologia de compressão e abastecimento, “o posto de abastecimento a 700 bar reduz o tempo de reabastecimento e aumenta a autonomia dos veículos”. Nesse sentido, o posto é o primeiro de seu tipo no Brasil e representa um avanço significativo para o setor de mobilidade sustentável.
Hidrogênio verde: uma peça-chave para a descarbonização industrial
De antemão, aponta-se o hidrogênio verde, com produção exclusiva de energia renovável, como um combustível de alto potencial para a transição energética e redução das emissões de carbono.
Do mesmo modo, considera-se esse combustível como um ativo fundamental na descarbonização de indústrias que dependem de grandes quantidades de energia, como a siderurgia e o agronegócio. Ademais, é possível utilizar o H2V de diversos modos, como no transporte terrestre, marítimo e até na aviação.
Além do potencial no setor de transportes, o Centro de Hidrogênio Verde H2V visa atender a diferentes aplicações industriais. Promovendo um ambiente de pesquisa que viabiliza parcerias com empresas e instituições interessadas na inovação tecnológica do hidrogênio.
Perspectivas de expansão e colaboração internacional
Por fim, o projeto também abre caminhos para parcerias internacionais estratégicas. Um acordo foi realizado entre o Governo de Minas Gerais e a GWM Hydrogen. Visando o intercâmbio tecnológico e a aplicação de hidrogênio verde como combustível para veículos comerciais, primordialmente caminhões.
“Essa parceria é uma oportunidade para a UNIFEI compartilhar conhecimento e fortalecer a posição do Brasil na economia do hidrogênio”, disse Prof. Eduardo Guardia.
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