2025: O Ano da Energia Nuclear?

Energia Nuclear atrai investimentos globais em busca de fontes limpas, aponta IEA.

A crescente demanda por energia e a urgência em reduzir as emissões de carbono estão impulsionando um renascimento da energia nuclear em 2025.

Primordialmente, diversos países estão investindo em projetos nucleares para garantir segurança energética e cumprir metas ambientais.

Nesse sentido, a Agência Internacional de Energia (AIE) prevê que a geração de energia nuclear atinja um recorde neste ano, destacando seu papel crucial na transição para fontes limpas. Saiba mais no blog da GreenIO!

Aumento da Demanda por Energia Limpa e Segurança Energética

Antes de mais nada, a guerra na Ucrânia expôs a vulnerabilidade energética da Europa, evidenciando a dependência de combustíveis fósseis e a necessidade de diversificação das fontes de energia.

Nesse contexto, a energia nuclear surge como uma alternativa viável para garantir uma matriz energética sustentável e segura. Assim, desde o ano passado, países como os Estados Unidos e a China estão ampliando sua capacidade nuclear para atender à crescente demanda por energia limpa.

A AIE destacou em seu último relatório, The Path to a New Era for Nuclear Energy – O caminho para uma nova era para a energia nuclear – , que essa fonte é essencial para alcançar a descarbonização global e assegurar o fornecimento contínuo de eletricidade.

Histórico e Controvérsias da Energia Nuclear

Em suma, a energia nuclear tem um histórico marcado por acidentes significativos, como Chernobyl na antiga URSS e Fukushima no Japão, que levantaram preocupações sobre sua segurança.

Além disso, esses eventos resultaram em críticas de ativistas e na desativação de usinas em países como Alemanha, Japão e Estados Unidos.

No entanto, os avanços tecnológicos e regulatórios buscam mitigar esses riscos, tornando a energia atômica mais segura e eficiente. Desde 2020, países têm voltado a utilizar essa fonte de energia. Em 2024, a geração nuclear ficou atrás apenas da energia hidrelétrica.

Contexto da Energia Nuclear no Cenário Socioeconômico Mundial em 2024

Em 2024, a necessidade de cumprir o Acordo de Paris e avançar na descarbonização global levou a um aumento nos investimentos em energia nuclear.

A geração nuclear apresentou crescimento, e as tendências para 2025 indicam uma expansão contínua, com diversos países planejando novas usinas e reatores para atender às metas climáticas e energéticas.

Ademais, a AIE projeta que, até 2025, a produção de energia nuclear atingirá um recorde histórico, superando o pico anterior de 2021. Esse crescimento é impulsionado pela reativação de usinas no Japão e novos reatores entrando em operação na China, Índia, Coreia do Sul e Europa.

Investimentos para Desenvolvimento de Projetos Nucleares

Em conformidade, diversos países estão investindo em projetos nucleares para diversificar suas fontes de energia. A França lidera com planos ambiciosos de expansão nuclear. A Coreia do Sul e o Japão estão reativando reatores e construindo novas instalações.

A China avança rapidamente, com previsão de superar os EUA e a Europa em capacidade instalada até 2030. Recentemente, os EUA e El Salvador firmaram um acordo de cooperação em energia nuclear, visando fortalecer as relações econômicas e a segurança energética.

Movimento Contrário da Alemanha: Desativação das Usinas

Por outro lado, contrapondo a tendência global, a Alemanha optou por desativar suas usinas nucleares, priorizando fontes renováveis como solar e eólica.

Essa decisão reflete preocupações com a segurança nuclear e o gerenciamento de resíduos, bem como firma um compromisso com a transição energética sustentável. Além de promover debates sobre segurança energética e dependência de fontes intermitentes.

Empresas de Tecnologia Investindo em Energia Nuclear

Outrossim, as grandes empresas de tecnologia como Microsoft, Amazon e Google estão investindo em projetos de energia atômica para suprir a crescente demanda de seus data centers, especialmente com o avanço das inteligências artificiais.

O Google, por exemplo, assinou um acordo histórico para adquirir energia de pequenos reatores modulares (SMRs) desenvolvidos pela Kairos Power. Michael Terrell, Diretor Sênior de Energia e Clima do Google, afirmou: “Esse acordo acelera a implementação de uma nova tecnologia de energia nuclear limpa, ajudando a atender à crescente demanda por eletricidade de maneira limpa e confiável.”

A Microsoft também firmou um acordo com a Constellation para garantir o fornecimento de energia livre de carbono nos Estados Unidos. Além disso, a Amazon adquiriu um centro de dados da Talen Energy, que opera com eletricidade proveniente de usinas nucleares, reforçando a tendência do setor em buscar fontes limpas e estáveis.

Compreendendo os Pequenos Reatores Modulares (SMRs)

Os SMRs são uma inovação promissora na indústria nuclear. A principio, os SMRs são reatores nucleares de menor escala, projetados para serem mais seguros e econômicos.

Energia Nuclear - Português AIE (2025), Capacidade instalada de pequenos reatores modulares em regiões selecionadas no cenário de promessas anunciadas, 2025-2050
Português AIE (2025), Capacidade instalada de pequenos reatores modulares em regiões selecionadas no cenário de promessas anunciadas, 2025-2050

Eles oferecem flexibilidade na instalação e podem ser integrados a redes elétricas menores ou em áreas remotas. Investimentos nessa tecnologia buscam atender à demanda por energia limpa e estável, complementando fontes renováveis intermitentes.

Urânio: Preço, Produção e Comércio Global

O renascimento da energia nuclear colocou o urânio novamente em destaque. Países como Canadá, Cazaquistão e Austrália lideram a produção global, e o mercado observa um aumento nos preços devido à crescente necessidade desse recurso estratégico.

Países estão buscando assegurar suprimentos estáveis de urânio para alimentar suas usinas nucleares, considerando sua importância estratégica na matriz energética.

Nesse cenário, o Brasil vê oportunidades no novo interesse pela energia nuclear. Com reservas significativas de urânio e experiência na operação de usinas nucleares, o país considera expandir sua capacidade nuclear para diversificar a matriz energética e atender às metas de descarbonização.

Por fim, o governo está avaliando parcerias e investimentos para desenvolver novos projetos nucleares nos próximos anos.

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